Sonhei com um menino que vislumbrava o céu noturno e tentava agarrar as estrelas. Eram tantas ... como gotas no oceano. E ele se perdia no seu olhar. Sonhei com a mãe desse menino, que como ele almejava alcançar o infinito e romper as fronteiras do impossível. Juntos, em um pequeno bote construido com precárias tábuas de esperança, zarparam em busca da verdadeira aventura e navegaram por este imenso, maravilhoso e assustador mar de estrelas.
E isso, na verdade, fez toda a diferença em suas vidas.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Começando em tempo de campanha



Começo a postar neste blog próximo a uma data muito especial: o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril.
E é claro que estou divulgando esta data, porque é por demais importante, não só para quem batalha no dia a dia por qualidade de vida, respeito e superação para seus filhos e parentes dentro do espectro autista. É importante para qualquer um, pois é exercício de cidadania. E eu só tomei consciência disso no dia em que descobri que meu filho era especial.
Mas isso não deveria ser assim. Quisera-me ter tido consciência antes. Por que se eu e todos nós tivéssemos tido consciência, e tivéssemos passado à ação, minimizaríamos as mazelas sociais, o desrespeito, o preconceito e o sofrimento. Criaríamos as bases para a detecção precoce de doenças e de síndromes, trataríamos melhor de quem precisa de tratamento, incluiríamos a todos sem distinção de raça, credo, condição social... e mental.
Pense no seguinte: eu e muitos outros ainda temos condições de tratar nossos filhos, mesmo que a duras penas. E somos afortunados por poder proporcionar isso a eles. Mas cuidar e estimular crianças autistas implica em trabalho árduo e caro. Percebe onde quero chegar? Naqueles que não podem arcar com o custo do tratamento. Naqueles que por desconhecimento não sabem e não compreendem a condição de seus filhos, que por isso crescem sem tratamento adequado. Pense então, neste momento, em todas estas crianças excluídas. Elas são mais excluídas do que meu filho.
Não sei se você se sensibiliza. Eu me sensibilizo e muito, porque em cada criança dessa eu vejo o rosto do meu filho. E dói demais pensar que ele não possa ter uma chance de viver e se desenvolver neste mundo.
Conscientização... utopia? Talvez. Mas está dado o meu recado. A muito que se falar sobre isso. Por isso criei este blog.

Desculpem meu tom um tanto amargo.

Que Aquele que está em tudo abrace você, abençoe você e se manifeste em você. Sem ele não seríamos nada, não existiria nada. E nada é muito chato! Então agradeça pela existência, agradeça pela sua existência...mesmo que você seja ateu.

Abraços calorosos!!!!